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Vamos abraçar os muros da escola hoje?

Queridas famílias

Nas últimas semanas fomos invadidos de várias formas. Este espaço tão incomparável, tão divino e primordial que é a escola, mais uma vez foi obrigado à se rever, a se questionar, foi obrigado a ter respostas imediatas para os conflitos que envolvem a sociedade como um todo, mas que pela excelência da responsabilidade que nos cabe, fomos obrigado a tomar iniciativas de buscar soluções. Soluções, que sabemos, são temporais. Tivemos um tempo de Pandemia, da qual ainda estamos nos recuperando e a escola teve que ser rápida em dar uma resposta, aprender a usar a tecnologia, aulas online e etc., tivemos sequelas de defasagens pedagógicas importantes, das quais ainda corremos atrás, tivemos as mudanças em relação ao ano Novo Ensino Médio que hoje voltam ao campo das incertezas…
Enfim, para todas estas demandas a escola precisa estar sempre, à serviço, já que nosso papel é formar o cidadão, já que todos os profissionais que existem e que movem o mundo passam pelos bancos de uma escola.
Esta última demanda para a qual estamos voltando os nossos olhares e nossa preocupação se trata da Violência. E desta vez, nós, a escola, fomos o foco principal. Se mexeram com uma escola, mexeram com todas , por isso podemos falar da nossa indignação: invadiram um muro de escola e ceifaram vidas infantis, invadiram uma sala de aula e ceifaram a vida de uma professora, aterrorizaram e comprometeram as relações de confiança e amizade que se formam nos pátios escolares, invadiram e ameaçaram a segurança de nossos alunos com objetos que machucam. Alguns machucados já estão sendo cicatrizados com remédios e cuidados médicos, outros machucados porém continuam inflamados, doloridos, como feridas abertas.
E mesmo assim, mesmo sendo vítima de toda esta invasão, ainda tivemos que nos manter inteiros, em pé, resilientes e ativos, pois a escola precisa dar respostas: O que vocês estão fazendo em relação à segurança? Como estão sendo vigiados os portões da escola? Como vocês estão tratando dos medos e inseguranças das crianças e adolescentes? Como vocês estão abordando esta questão do bullying  na escola? Vocês não vão desmarcar as provas? Vocês estão sabendo que teremos ataques agendados? O que vocês vão fazer?

E lá estamos nós, formada por pessoas, dirigida por pessoas, tendo como o maior objetivo a valorização e o aprendizado das pessoas, a escola está aqui. Escola? PRESENTE!!
Estamos presentes em todas as dezenas de lives, palestras , documentos e orientações vindas de vários setores da sociedade, discutindo estratégias, aprendendo legislações apropriadas, ouvindo os conselhos de cientistas, médicos, psicólogos, psiquiatras, advogados, profissionais de segurança…. Estamos aqui presentes em todas essas aulas !
Estamos presentes em todas as ligações, mensagens, conversas e olhares de desespero, de preocupação, de medo de nossos Pais e famílias de modo geral, tentando acalmá-los, tentando entendê-los e acolhê-los, pois eles foram os primeiros a se sentirem desamparados: Como assim? Como levar meu bem mais precioso para um espaço escolhido para oferecer o melhor cuidado e atenção possível, se hoje já não posso confiar, já não posso me sentir seguro em ir trabalhar com a certeza de que lá ele só vai aprender, só vai conviver, só vai ficar feliz enquanto eu estou longe?
Estamos presentes em todos os momentos de choro, de rebeldia, de euforia, de resistência manifestados em cada criança, em cada adolescente. Estamos presentes analisando seus sorrisos, analisando suas atitudes, seus comportamentos, com olhares atentos para fazer a intervenção mais assertiva, dar o colo mais confortante, o abraço mais acolhedor e tentar entender: O que será que esta criança está querendo nos dizer com esta atitude? O que será que está por trás desta disputa tão exagerada por um simples brinquedo? Como escolher a melhor forma de acessar este jovem sem invadir sua intimidade?
Estamos presentes nas rodas de conversa, nos Círculos da Paz, nos atendimentos individualizados com as coordenadoras, as orientadoras, as psicólogas e as professoras.
Estamos presentes, utilizando o giz e a lousa, a saliva e a caneta, tão arcaicos se comparados às inovações e ao alcance das tecnologias que nos cercam; para explicar , olho no olho que o ser humano está acima das máquinas, que é perigoso navegar pelos caminhos virtuais sem o amparo do conhecimento sobre a ética, o respeito, a valorização do outro . Não basta ensinar a tecnologia, nós estamos presentes como a instituição que ensina PRA QUE SERVE esta tal tecnologia, pra dizer que ela nos serve e não nós servimos à ela.

Estamos PRESENTES! Sempre e em todas as situações, pra tudo o que a sociedade precisar, a escola está ali, a escola está presente!
Mas hoje, diante deste quadro de incertezas e da necessidade de respostas, nossa escola escolheu responder com um simples gesto de humildade e reconhecimento da necessidade que temos uns dos outros. O gesto do ABRAÇO. Nós precisávamos deste abraço! Abraçar a escola é também abraçar todas as dores, todas as expectativas e todos os sonhos de uma sociedade que vive momentos desafiadores , procurando a cura dos males que colocam em risco a nossa tão sonhada PAZ. De mãos dadas cercamos os muros da nossa escola, representando todas as escolas do mundo e elevamos a Deus nossas preces pedindo pela Paz! Paz nas famílias, nas escolas, na comunidade, nos corações dos jovens e das crianças, paz na sociedade, PAZ NO MUNDO!

QUE HAJA PAZ!!!

Maria Aparecida Richetti

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